Outra quase integrante do
Antenados é a bibliotecária @Cleide Moura (Biblioteca Arlindo
Corrêa da Silva )
nossa parceira que se faz presente em quase todos os momentos. Ela indicou “A
história da garota que ficou em cativeiro durante oito anos, em um dos
sequestros mais longos de que se tem história”.
Fica a dica!
Quando Natascha Kampusch, uma garotinha tímida de 10 anos, foi sequestrada
estava a caminho da escola. Mas ela não vivia num conto de fadas: não tinha
muitos amigos, não se sentia à vontade no condomínio em que morava. Os pais
estavam separados com muitas brigas e ela já não se dava muito bem com seu pai.
Não quero
dizer que o sequestro foi uma coisa boa pra ela – não foi. Mas ainda que ela
chorasse muito e sentisse falta da mãe, esses conflitos podem ter sido o que a
manteve sã nos primeiros dias de cativeiro. Natascha kampusch sentia no início
do seqüestro que aquilo que estava acontecendo de uma forma ou de outra estaria
sendo um castigo para seus pais, e para ela também, devido aos recentes
momentos de conflito que ela passava com sua família. Mas também se sentia
culpada por ter saído de casa brigada com a mãe.
Além de
aprisioná-la em um local horrível, o seqüestrador colocou na pequena garota amarras
psicológicas que a aprisionou mais que o próprio cativeiro. As torturas
psicológicas foram maiores que as físicas. Curiosamente, Natascha começou a
pensar como ele em alguns momentos, questionando se o jardim fora da casa era
real ou construído. Se o vizinho que acenou para ela era um vizinho mesmo ou um
contratado de Priklopil. Por causa disso, ela não fugiu em várias oportunidades
que teve.
Cleide Moura
Nesse livro, fica clara a frieza de Natascha,
que acabou a salvando, e a carência do Priklopil, que o fez cometer tal crime.
Outra coisa
que ficou muito evidenciado na obra foi a incompetência da polícia nas
investigações do caso. Por muitas vezes eles estiveram perto de encontrar o
cativeiro, mas por banalizar várias pistas não o encontraram.
Natascha
kampusch relata em uma de suas entrevistas que o apoio mais importante contra o
tédio e a loucura eram os livros, em especial os de romance, que a lançavam
para outro mundo, atraindo sua atenção de tal forma que a fazia esquecer por
horas onde estava e o que estava acontecendo com ela.
“As vezes
somos mantidos em cativeiros psicológicos que nem desconfiamos. Estes
cativeiros nos aprisionam eternamente, só cabe a nós a libertação deles, resta
saber como nos libertar.”