Esta semana quem deu as
caras no Antenados Cult foi o fotógrafo de casamento Túlio Isaac.
Pra quem não se recorda, ele foi um dos convidados da nossa última
Semana de Comunicação (2013), que teve como tema a fotografia.
Túlio faz parte da
geração de fotógrafos que elevou a fotografia de casamento ao
status de arte.
Neste post, ele mostra
que é generoso e conta de onde tira parte de sua inspiração.
Curtam!
O cinema, sem dúvida, é
um local maravilhoso como fonte de inspiração, ainda mais para nós fotógrafos, ávidos
pela busca incessante de conhecimento e enriquecimento da
criatividade. Penso que inspiração é
algo complexo e pessoal, mas uma de minhas fontes são
os filmes. Vejo, no mínimo, cinco
por semana.
Eu poderia citar inúmeros nomes de grandes cineastas que fizeram história tal
como Orson Welles e sua inovação cinematográfica ao utilizar
enquadramentos e técnicas narrativas
que marcou época em uma de suas obras mais famosas (Citizen Kane,
1941). Eu poderia mencionar também Francis Ford Coppola e tamanha a sua genialidade em sua principal obra
prima (Trilogia The Godfather, 1972), vencedor de mais de
10 oscars, Ou até o excêntrico cineasta e
ator Quentin Tarantino, que mudou o padrão do cinema com roteiros
com alto “tom” de
exagero e dramaticidade (Pulp Fiction, 1994). Penso que não é possível falar de
cinema e não falar do cineasta Clint Eastwood. Com pouco mais de 83
anos e nascido na Califórnia,
EUA, Clint Eastwood é mais famoso como ator do que diretor
pelos leigos,mas já foi nomeado oito
vezes ao Oscar, sendo um dos poucos cineastas vivos, da atualidade, a
levar a estatueta como diretor,
por duas vezes. Além de diretor, Clint produziu a maioria de seus
filmes. Dentre eles: Invictus /
Million Dollar Baby / Gran Torino / Unforgiven / A perfect World e vários outros
sucessos. O que mais me atrai em seus filmes é o enredo simples mas
de grande conteúdo, tanto que é
conhecido por produções de muito sucesso e baixo custo.
Outro detalhe e que talvez
seja o ponto mais importante, e que chama mais a minha atenção, é
como quase sempre vejo uma
luz pontual e dura nas cenas dos filmes. Certa vez, assisti um documentário sobre sua
carreira e ele disse uma frase que ficou marcada em minha
cabeça: “O
público não é burro e não precisamos iluminar tudo para explicar
uma cena ou enredo”. Esta frase
me marcou muito e, certamente, influenciou minha percepção e desenvolvimento do meu
trabalho, tanto que logo depois fiz esta foto em uma sessão (imagem
1),mas somente mais tarde,
pude entender que o conceito ou referência e execução daquele
trabalho partia da leitura,
estudo e entendimento de sua obra.
Filmes, seriados ou
novelas são ótimas referências para quem quer desenvolver um
trabalho com personalidade, pois
sempre encontramos diversas técnicas embutidas em cada enredo, além
de poder muitas vezes
viajar pelo imaginário e sonhos de cada história. De plongês a
contraplongês,dos Vanish Points de
Stanley Kubrick ou da Luz Paramount e Rembrandt encontrado até na
novela das 8 da tv Globo. Certamente, o cinema em geral é um ótimo caminho para quem pretende desenvolver uma
fotografia diferenciada.
Pra quem ficou curioso
sobre o trabalho de Túlio Isaac, vale a pena visitar sua
página:
tulioisaac.com